onde F é a força, p = m⋅v é o momento linear (onde M é a massa e v a velocidade).
Assim, a força é,
onde só apenas se a massa m não varia no tempo é que a força será igual a massa
vezes a aceleração.
Em um grande número de aplicações comuns aos exercícios de física cobrados a
estes alunos tem-se que a massa é uma constante no tempo, levando a uma conclusão
equivocada simplesmente pelo fato do nosso raciocínio ser fortemente “baseado em
caso”.
Um bom exemplo onde se tem a massa variável é o movimento de um foguete!
Um foguete de forma geral tem um percentual bastante considerável de
sua massa constituída de combustível, que será queimado e expelido do
foguete, fazendo assim com que sua massa varie consideravelmente durante seu
percurso.
Movimento de um Foguete no Espaço Livre
Assuma aqui que o foguete se mova sem a influencia de qualquer força esterna a ele.
Assim, no espaço livre o foguete deverá se mover por conta de sua própria energia,
com a queima do combustível e a ejeção de massa (geralmente gazes) resultante
desta queima.
Em um certo instante de tempo t, a massa total do foguete é m e sua
velocidade instantânea é v com respeito a algum sistema de referencial inercial.
Vamos assumi que o movimento ocorre em apenas uma direção, digamos
x, onde eliminaremos a notação vetorial e trabalharemos com a notação
escalar.
Durante um intervalo de tempo infinitesimal dt, um quantidade positiva
infinitesimal de massa dm′é ejetada do foguete com uma velocidade u em relação ao
próprio foguete. Imediatamente apos a massa dm′ ser ejetada, a massa e a velocidade
do foguete serão: m - dm′ e v + dv, respectivamente.
Portanto, sobre o tempo t,
A conservação do momento linear requer que o momento inicial seja igual ao
momento final, ou,
nde foi negligenciado o produto dm′dv. Como está sendo considerado que dm′é
uma massa positiva ejetada do foguete, a variação da massa do foguete por se só é
dm, onde dm = -dm′, e,
uma vez que a massa do foguete deve ser negativa. Assim, seja m0 e v0 a
massa inicial e a velocidade inicial do foguete respectivamente, é possível
integrar este última equação para computar as respectivas variação em massa e
velocidade,
A velocidade de exaustão foi assumida ser constante. Assim, para maximizar a
velocidade do foguete, é necessário maximizar a velocidade de exaustão, u, e a razão m0/m .
Dada o fator limitante para a velocidade de exaustão, a razão m0/m, os engenheiros
têm projetado foguetes de múltiplos estágios, visto que a massa mínima do foguete é
limitada pela a parte estrutural.
Se pegarmos a Equação 1 e multiplicarmos por m e dividirmos por dt, então
temos um termo do tipo “massa vezes aceleração” que é o impulso gerado pela
queima do combustível, [
Movimento Ascendente de um Foguete com Gravidade
O Movimento de um foguete que está tentando vencer o campo gravitacional
terrestre é bastante complicado. Desta forma, vamos considerar que o foguete só
pode ter movimento vertical, sem nenhuma componente horizontal. Vamos também
negligenciar a resistência do ar e vamos assumir que o campo gravitacional terrestre
é constante e independente da altura.
Neste caso existira uma força externa aplicada ao foguete, no caso o seu peso.
Assim, a força externa é,
|
Devido ao fato que a queima de combustível ocorre em uma taxa constante,
e daí,
assumindo que a velocidade inicial é zero e a final é v, a massa inicial é m0 e a
final é m,
onde também é possível integrar a massa para obter a taxa α,
e assim,
Desta forma, este é um exemplo onde a força não é simplesmente a massa vezes a
aceleração!
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