segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pensamento, Criatividade e Analogias não Triviais.

Olá a todos. Estamos prestes a começar um novo semestre letivo e me deparei com um pensamento que me permeia a muito, como fazer com que meus alunos "pensem"? Não simples pensar por pensar, mas terem capacidade analítica incrementada com criatividade, com reflexão. Com fazer isto?

Pensei em um homem simples, do povo, que tenta resolver o problema de chegar ao seu trabalho, por exemplo. Ou um dona de casa com os seus problemas do dia a dia, e até grandes gênios da ciência, como Albert Einstein e outros. Como o Homem pensa? E em particular, como os grandes cientistas pensam, pois se for possível segui-los, vamos fazer!

Acredito que a "forma de pensar" seja uma expressão única do indivíduo, por mais exata e regular que seja a ciência ou o problema que o indaga. Por mais que exista formas e/ou metodologias para o ensino e o estímulo do raciocínio, esta acredito ser único, tanto em forma, com em tempo e em procedimento. Na essência, o ato de maquinar o pensamento em sua forma mais básica está no íntimo do indivíduo. Assim, como fazer para ter sucesso?

O matemática francês, Jacques Hadamard (1865-19763) tinha grande interesse em descobrir com grandes cientistas pensavam enquanto trabalhavam. De forma geral, Hadarmard considerou que paticamente todos os grandes cientistas (após diversas entrevistas) evitavam o uso de palavras mentais e sinais algébrico ou exatos. "As imagens mentais dos cientistas cujo depoimentos recebi, são na maioria das vezes visuais", escrevera Hadamard.

Um bom exemplo destas percepções visuais é o do químico alemão August Kekule (1829-1896), onde segundo seu próprio relato, o mesmo teve em um sonho a visão de uma cobra contorcida, visão esta que o levou a estabelecer como os átomos se dispunham em uma molécula.

Será que a solução, ou pensamento, de Kekule pode ser considerada analítica? Será que a nossa escola consegue perceber que tais raciocínios, não ensinados, são fundamentais para o sucesso do indivíduo? Sem dúvidas , pelo menos para mim, que a criatividade é um fator fundamental para tais associações não triviais.

Desta forma, acredito, que todo aquele que deseja ser um cientista, aquele que deseja criar e/ou construir, deve ser apresentado a maior quantidade possível de informação lúdica (claro que em um tempo hábil) e concomitantemente questionado a respeito do todo, tendo assim proporcionado as possíveis associações que sua mente única pode criar.

Portanto, mesmo reconhecendo que o enfrentamento de problemas complexos, ou mesmo problemas do dia a dias, possam estar envolvidos mecanismos muito diferentes dos "ensinados" na academia, tais mecanismos na maior parte das vezes são ignorados, indicando que nossa escola por vezes é cega, ou no mínimo míope.

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